As declarações do presidente e a deliberada dificuldade em apresentar um plano nacional de vacinação apontam a necessidade de uma luta nacional pela vacina.
Vários países já têm planejado o processo de imunização de suas populações. A Inglaterra já começou a vacinar. No Brasil, a estrutura do SUS permitiria começar o processo no início do ano, caso existisse vontade política do governo federal. A orientação de Bolsonaro, entretanto, é oposta: atrasar o quanto for possível o calendário.
O presidente não está satisfeito com o número de mortos, quer mais.
A atuação de Bolsonaro foi criminosa durante toda a pandemia, lutou contra a ciência o tempo todo. Mas as vacinas ainda não existiam. Hoje é possível termos um plano de vacinação com mais de um tipo de vacina, planejando sua progressão de acordo com a dimensão nacional e a logística necessária para cada tipo. O quanto antes a vacinação começar, mais vidas serão poupadas.
Daqui em diante, é necessário lutar por um movimento democrático que garanta o início da vacinação o mais rápido possível. É um direito básico.