
Parlamentares e lideranças políticas de oposição ao governo de Jair Bolsonaro se manifestaram nesta quarta-feira 8 sobre os novos desdobramentos do caso Adriano da Nóbrega. O jornal Folha de S.Paulo informou que dois dias após a morte do ex-policial militar, no início de 2020, uma irmã dele acusou o Palácio do Planalto de oferecer cargos em troca do assassinato.
Os áudios que revelam a denúncia de Daniela da Nóbrega constam de ligações telefônicas interceptadas com autorização judicial.
O líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), classificou o episódio como “gravíssimo” e cobrou que “a verdade logo apareça”.
Pelas redes sociais, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) questionou se o episódio poderia configurar queima de arquivo. “Adriano era amigo dos Bolsonaro e suspeito de participar de esquema no gabinete de Flávio. Investigação já!”.
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP), por sua vez, afirmou que o episódio “é estarrecedor”.
“Um bando de milicianos usando de qualquer meio para eliminar que não interessa mais pra eles. Não é um governo, é uma quadrilha”, completou Valente. Segundo ele, o PSOL acionou o Planalto e aguarda informações da Secretaria-Geral da Presidência.
Pré-candidato à Câmara dos Deputados pelo PSOL de São Paulo, Guilherme Boulos escreveu que “o presidente da República é acusado de ser mandante de homicídio”.
ESCANDALOSO! A irmã do miliciano Adriano da Nóbrega, envolvido no caso das rachadinhas, acusou o Palácio do Planalto de oferecer cargos pela morte de Adriano. O miliciano, suspeito também de envolvimento no assassinato de Marielle Franco, foi executado em fevereiro de 2020.
— David Miranda (@davidmirandario) April 6, 2022