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Momentos depois de Jonathan Ribeiro, de 18 anos, ser baleado no Jacarezinho, policiais militares que estavam em uma viatura passaram gritando provocações a outros moradores da favela. No vídeo, obtido com exclusividade pelo g1, é possível ouvir os PMs gritando: “Inferno! Vai começar a briga”.
Baleado no peito na noite de segunda-feira (25), Jonathan morreu após ser levado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Manguinhos. Moradores da comunidade acusam PMs matar o rapaz. A corporação afirma que o jovem estava com uma réplica e arma e drogas (veja a íntegra mais abaixo).
Em nota, a PM também informou que “o comando da corporação determinou instauração de procedimento apuratório sobre a ocorrência” pela Corregedoria Geral da PM. Além disso, acrescentou que o caso foi registrado na Delegacia de Homicídios da Capital.
Moradores socorreram rapaz
Um vídeo publicado em redes sociais mostra Jonathan desacordado e sendo carregado por moradores. Ele foi socorrido numa moto, com outras duas pessoas.
O deputado federal David Miranda (PDT-RJ) postou imagens do fotógrafo Bruno Itan de um protesto na comunidade.
Desde 19 de janeiro, o Jacarezinho está ocupado por forças de segurança no âmbito do projeto Cidade Integrada.
Sobre a morte de Jonathan e o Cidade Integrada, a Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro (Faferj) afirmou, em nota, que o projeto “não apresentou resultado algum na melhoria estrutural, urbana e do Índice de Desenvolvimento Humano no Jacarezinho”.
O que diz a PM
“A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que, na noite desta segunda (25), equipes do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) participaram de uma ocorrência na Comunidade do Jacarezinho, na qual um homem foi ferido por projétil de arma de fogo.
Segundo os policiais, não foi possível prestar socorro ao ferido em função da reação de um grupo de moradores que arremessaram pedras e garrafas em direção à equipe. Com o ferido, havia certa quantidade de drogas e um simulacro de arma de fogo.
As equipes comunicaram a ocorrência de imediato à DH da Capital. Paralelamente, o comando da Corporação determinou instauração de procedimento apuratório na Corregedoria Geral da SEPM. As armas empregadas na ocorrência já estão à disposição da perícia.”