Direção do partido se disse atropelada por pedido feito por deputados

Um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro protocolado por três deputados do PSOL contrariou a direção do partido.
Na noite desta quarta-feira, os parlamentares Fernanda Melchionna, Sâmia Bomfim e David Miranda protocolaram um documento na Câmara pela abertura do processo. A alegação é que Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao convocar atos que pediam o fechamento do Congresso Nacional e do STF. Argumenta, principalmente, que ele colocou em risco a saúde nacional ao romper o isolamento indicado pela Organização Mundial da Saúde e pelo próprio Ministério da Saúde de seu governo, quando cumprimentou manifestantes na porta do Palácio do Planalto, no domingo.
Minutos depois, a executiva nacional do PSOL divulgou nota dizendo que foi surpreendida pelo pedido.
“O partido está, nas suas instâncias e bancada, debatendo a melhor tática para enfrentar a irresponsabilidade do governo Bolsonaro. Por essa razão, a iniciativa causa indignação porque atropela o debate interno do PSOL e do conjunto da oposição”, diz a nota.
O partido afirma ainda que não reconhece essa medida unilateral. Apesar de ver elementos para o impeachment, a legenda argumenta que esse é um processo de construção política que requer tempo e que, no momento, a prioridade deve ser o combate ao coronavírus.