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Pela primeira vez, o presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), André Ceciliano (PT), se posicionou sobre o pedido de impeachment contra o governador Cláudio Castro (PSC) com base na operação do Jacarezinho.
A ação mais letal da história, com 28 mortos, motivou um pedido de cassação feito pelo deputado federal David Miranda (PSOL-RJ), apresentado há duas semanas.
“Não dá para ter um (impeachment) todo dia. Eu botei para votar (o do Wilson Witzel). Um novo processo criaria muita instabilidade política”, disse o presidente da Casa.
Ceciliano diz ainda que Castro não teria responsabilidade direta pela operação, e sim as autoridades de segurança.
“Se fosse ele que tivesse falado o ‘tiro na cabecinha’, aí sim”, afirmou Ceciliano.
O presidente da Alerj se refere à declaração do ex-governador Witzel. Pouco depois de ser eleito, ele disse ao “Estadão” em novembro de 2018, que a polícia ia “abater” quem estivesse de fuzil.
“A polícia vai fazer o correto: vai mirar na cabecinha e… fogo”.
No dia 30 de abril deste ano, suspeito de desvios na Saúde durante a pandemia, Witzel foi afastado definitivamente do cargo. O Tribunal Especial Misto determinou o impeachment e a perda dos direitos políticos por 5 anos, por unanimidade. https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
O processo contra Witzel começou em junho do ano passado. Na ocasião, Ceciliano poderia ter decidido a abertura do processo de forma monocrática, mas decidiu levar o pedido ao plenário.
Foram 69 votos a 0 contra Witzel, o que evidenciou a fragilidade política do então governador.
Desta vez, Ceciliano não disse se vai levar o pedido de abertura do impeachment de Castro ao plenário ou se vai decidi-lo de forma monocrática. A Procuradoria da Alerj ainda deve divulgar um parecer.